terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Imagem do Bom Jesus de Peixe Cru.

Projeto de Restauração da CEMIG.
                                                                                   Prof.Eduardo José Cordeiro.
  Histórico do Bem Cultural: Imagem Do Bom Jesus de Peixe Cru.
         A devoção ao Senhor Bom Jesus está entre uma das mais antigas do Brasil, tendo sua origem em Portugal, país em que essa devoção tem enorme difusão através da história.
      Essa correspondência se traduz em algumas similitudes, as quais se observam entre igrejas e celebrações, cuja correspondência se mostra entre tal cultura no Brasil e em Portugal.
Exemplo disso está na Igreja de Bom Jesus de Peixe Cru, em Turmalina, cuja devoção, segundo levantamento feito pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) empresta título provável à imagem de Irapé.
         Essa Igreja, construída em estilo barroco, na qual se localizam as famosas esculturas dos apóstolos, esculpidas pelo mestre Aleijadinho, tombadas como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO, encontra inspiração na famosa conjunto do Santuário de Bom Jesus de Braga.
       Essas similitude não é fruto de mero acaso, já que essa devoção ao Senhor Bom Jesus está entre as devoções mais populares em Portugal e na Espanha, sendo trazida ao Brasil maciçamente através do processo de colonização.
Sua origem, entretanto é, ainda, desconhecida, perdendo-se em séculos, talvez milênio de história, confundindo-se com as lendas e fatos que povoaram todo o processo histórico do cristianismo.
       Essa festividade encontra-se no rol das chamadas festas de tradição popular, entre as quais pode-se situar, por exemplo as tão conhecidas festas do Divino, com muitas ocorrências, inclusive, em Minas Gerais.
       Uma característica desse tipo de celebração é sua grande disseminação, nos diversos cantos, transfigurando-se sempre com rostos, os quais se identificam com a realidade e a vida da comunidade.
          As devoções populares assumem no “sobrenome” o nome da própria comunidade, como é o caso de Bom Jesus de Peixe cru.
         Provavelmente por isso, essas festas, dada sua proximidade com a vida da comunidade, assumem tão grande força entre a população católica, que vê nesses santos um elo entre o grande Deus e esse pequeno ser humano .
       No Brasil, as maiores festas de expressão religiosa são fruto desse tipo de devoção, como a festividade de Nossa Senhora de Aparecida, em São Paulo e a de Nossa Senhora do Círio de Nazaré, maior festa religiosa do país, no Pará. Interessantemente, nesse grupo se pode incluir a festa do Senhor Bom Jesus da Lapa, considerada a segunda maior festa religiosa do país, de ocorrência na cidade de mesmo nome, na Bahia.
         De todo modo, seja por força da colonização, seja por força da tradição, a festividade de Bom Jesus no país ganhou expressividade extremamente grande, multiplicando-se seus devotos e Igrejas em todos os lugares do país.
        As ocorrências incluem festas extremamente grandes como a supracitada em Bom Jesus da Lapa ou comemorações em comunidades menores, como o caso de Bom Jesus do Peixe Cru.
       Entretanto, mesmo nas pequenas comunidades, essa festividade é muito popular, como no caso da comunidade de “Peixe Cru”, hoje localizada no Município de Turmalina, para onde, como se viu, acorrem devotos dos mais diversos lugares.
        Como foi exposto já nesse trabalho, a força dessa festividade deve-se em grande parte à forte tradição histórica dessa festividade, a qual, como se viu, encontra-se imbricada no desenvolvimento da própria comunidade.
    A chegada ao local da imagem traduziu-se no início de um processo experiencial completamente novo para aquele povo. Como atestam os autos, o subsídio governamental destinava-se à reforma, bem como à confecção da imagem do padroeiro. Isso significa que, até então, não havia imagem do orago dentro da capela.
     A colocação, portanto, do crucifixo, marca o início de um novo período, no qual a representação imagética encontra lugar no devocionário, ampliando, assim, certamente, os modos de interpretação simbólica da comunidade.
      Como foi colocado, a imagem traduz-se num possível trabalho de sobreposição, cuja datação não se pode, entretanto precisar. Sua afirmação é, aliás, incerta, dada a falta de registros históricos a seu respeito.
         Entretanto, sabe-se que está presente na comunidade dentro de um intervalo de 1887 e 1923, primeira e segunda datas prováveis, até os dias atuais; considerando a primeira,podemos afirmar que a Imagem está junto à esta comunidade a 123 anos.
       Ao consultarmos a relação de Bispos que passaram pela Diocese de Araçuaí, onde esteve e está presente o Povoado de Peixe Cru, tanto a antiga comunidade, quanto a Nova Peixe Cru; percebemos que nos anos de 1887 Araçuaí ainda não tinha se transformado em Diocese, mas em 1913 tinha sido criado esta jurisdição eclesiástica e estava sob seu governo eclesial o Excelentíssimo Senhor D. Serafim Gomes Jardim da Silva.
     Em 1887 esta Capela estava sobre os cuidados da Diocese da Bahia;da qual foi desmembrado mais tarde e encardinado na Diocese de Araçuai recém criada. O Bispo que governava em 1887 era o D. Dom Luis Antônio dos Santos. O que imagina-se ter sido ele o incentivador da entronizaçâo da Imagem na refirida Capela.
           Afirma dona Maria muniz numa informaçâo oral:
“ Minha mâe dizia qua a chegada da Imagem pelos padres que vestiam uma roupa marrom, tinham barba grande e sandálias,foi uma festa para os habitantes. Muitos padres estavam presente, o Bispo celebrou a missa, o povo fez penitência e a Igreja ficou uma semana aberta,sem fecha em hora nehuma,e gente entra e gente saia. Na porta da Capela queima de fogos, leilâo pra arrecadar esmola pra Igreja. Foi uma fesata bonita demais.A fila pra confessar com o padre tava muito grande,todo mundo queria e depois iamacender vela pro Bom jesus.”
      Muitos outros Bispos que o sucederam Dom Luiz, que estão na Diocese de Araçuai provavelmente intensificou cada vez mais a devoçâo a esta imagem, inclusive nos governos de: José de Haas, OFM (20 de Março de 1937 - 1 de Agosto de 1956); Dario Campos, OFM (8 de Agosto de 2001 - 23 de Junho de 2004); Severino Clasen, OFM (11 de Maio de 2005).
        O que se pode afirmar seguramente com relação a esta imagem,que a sua existência têm participaçâo efetiva dos Frades Franciscanos,pois, consultado a história do Vale do jequitinhonha, perceberemos que os territórios eclesiáticos eram fortemtne marcado pela presenças dos religiosos.
      O período de virada de século, onde marcamos o surgimento desta imagem no povoado, 1923, de modo geral é importante de ser observado, já que se marca no mundo a Primeira Grande Guerra Mundial, a epidemia conhecida por Gripe Espanhola e a ascensão do Comunismo na Rússia.
      Na antiga comunidade, entretanto, sabe-se de uma epidemia de febre amarela, no mesmo período da epidemia espanhola, o que levou muitos a crerem numa identificação entre ambas. Percebe-se este fato histórico na oralidade dos antigos habitantes.
       A identificação de fé nesse período intensifica-se, com visitas de devotos da comunidade e das comunidades vizinhas, popularizando de todo modo a imagem do Bom Jesus do Peixe cru. Neste período ocorrem as missões, penitências, peregrinações, pedindo proteção contra as pestes e paz para o mundo devido à guerra.
Essa popularização intensificou-se com a presença dos frades franciscanos na região, durante desde o século XX, os quais de todo modo, incentivaram intensamente o devocionário popular, incluindo aí a devoção a esse orago.
     Acredita-se também que esta imagem ou Ícone foi entronizado pelo frades franciscanos, pois, Ícones são tradicionalmente utilizados por eles em suas liturgias e rituais.
Dentre as diversas pessoas que cuidaram da Imagem, uma delas foram a mãe da Senhora Maria Muniz e posteriormente a Maria Muniz, hoje uma das antigas habitantes do Peixe Cru Antigo e que esta presente no atual povoado.
“Nos ia todo dia reza lá na cruz do artal da Capela, pedia o Bom Jesus saúde,fartura na mesa, que nos livrasse de doenças. Também de vez enquando nós dissia ele e limpava pra tirar a puera. Mas era um repeito que mamãe tinha que era de dar medo até. Depois que ela morreu, eu também cuidava,tinha a preocupação de limpar sempre.Depois que tirou a Capela e a Cruz pra cá eu num mexi mais não.” ( Sr. Maria Muniz – Habitante de Peixe Cru- Velho e Novo.)
       Atualmente, a Imagem do Bom Jesus de Peixe Cru está entronizada no altar Mor da Capela no mesmo lugar dos anos da antiga Peixe Cru, mantendo assim tradição.
Muitas pessoas da Comunidade procuraram zelar por este Ícone, através de limpeza. Os leigos que cuidam da Capela e da Imagem vão sendo permutado conforme determinação do padre e do conselho da comunidade;estas pessoas são: Padre Éderson (responsável eclesiástico), José João, Valdir Muniz dos Santos, Eunice de Fátima Oliveira, Jacinta ferreira Muniz, Maria das Dores oliveira dentre outros que vão surgindo e oferecendo para colaborar na manutenção do bem cultural e religiosos
      Em fins desse século e início dos anos 2000, como já abordado, foi marcado pela construção da Usina de Irapé e o conseqüente traslado de toda a comunidade para o Novo Peixe Cru.
       Esse processo previu, entre outras ações, a restauração do crucifixo do Senhor Bom Jesus, a qual aconteceu entre os anos de 2005 e 2006, por técnicos trazidos pela Concessionária responsável pela Usina.
A imagem chega, então, à atualidade, revitalizada, de todo modo, acrescida à reconstrução da nova capela, como já foi discutido nesse dossiê.
        A festa do Senhor Bom Jesus e sua devoção ganham espaço fortemente destacado, dada a facilidade de acesso à nova comunidade, a qual fica à beira do trevo de Turmalinense.
        A imagem foi também, redescoberta, por muitas pessoas interessadas no seu caráter artístico, posto em evidência ao crescente número de visitantes na comunidade.
Descrição e Análise do Bem Cultural
    Visita Técnica para Laudo realizada por Eduardo j. Cordeiro -2010.
      O crucifixo, como colocado, apresenta características de ícone. De fato, uma primeira análise dos seus elementos dá a entender tais características de modo até evidente.
         Esse tipo de manifestação artística tem uma origem Ocidental, tratando sempre de temas religiosos, apresenta sempre figuras pintadas sobre painéis de madeira, geralmente com cores simbolicamente definidas e caracteres imagéticos próprios. No que diz respeito a esses últimos, é constante a presença de olhos grandes, bem como a presença maciça da cor amarela, a qual representa o divino.
     Nas pinturas representativas de Jesus, sua figura aparece simbolicamente glorificada, mesmo nas pinturas de crucificação. De fato, os ícones de Jesus Crucificado apresentam-no apenas com as cinco chagas, ditas gloriosas e o símbolo ICXC (abreviatura de Cristo em grego) sobre a sua cruz.
       A análise do crucifixo demonstra alguns sinais iconográficos tais como os grandes olhos e a presença de suas chagas. Além disso, embora enfraquecida, há uma sutil presença da tonalidade amarela, marca fundamental da arte iconográfica. Esses elementos, entretanto não são suficientes para classificá-lo como um ícone, senão para atribuí-lo a um artista ocidental.
     Esses elementos, senão completamente, ao menos de modo bastante amplo, dão uma idéia do valor dado, bem como da procura devota ou mesmo por conhecer o crucifixo.
     A Imagem moldura com base para parede, esta exposta no altar Mor da Capela fica anexada na parede central acima de um altar de madeira ypê. Possui as seguintes dimensões: 1,80m de altura; 0,90m de largura; e 0,35m de espessura conforme apresenta a Cartografia anexada ao dossiê. Possui umaPintura: Artesanal. A imagem lembra muito um icone,embora os icones sâo pintados diretamente na madeira; ela apresenta um procediemnto idêntico,difereciando-se apenas a te-la ,como material utilizado na cruz.
       Foi pintado em uma tela e anexado sobre um painel de madeira, aberto em formato de cruz romana. Sobre a superfície aplainada foi feito o desenho e procedeu a pintura pela aplicação do dourado ( cor amrelada), nos, fundo representando resplendor ou coroa. Pintura da veste de cor branca. O efeito tridimensional era alcançado misturando ocre ao branco e aplicando essa tinta mais escura nas maçãs do rosto, nariz e testa. Uma fina camada de verniz avermelhado da o sutil acabamento final a lábios, face e ponta do nariz. Um verniz marrom foi usado no cabelo, barbas e detalhes dos olhos.
       A produção de ícones religiosos era considerada uma arte nobre, que necessitava grande preparação técnica e espiritual. O pintor precisava se purificar de corpo e alma para conseguir a perfeição, achava-se que o divino operava pela mão do pintor, então era inoportuno assinar a obra.
      Apresenta ainda algumas características físicas peculiar: a do homem adulto, com barba, de cabelos longos. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, distendidos até as orelhas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio da sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos Nazarenos; o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, rugas ou manchas sanguíneos se vê em sua face de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio; seu olhar é muito especioso e grave; tem os olhos graciosos e claros; O rosto barbado, que para a história judaica, representava, para o homem do sexo masculino, o amadurecimento e a autoridade – era um símbolo “patriarcal” numa sociedade marcadamente patriarcal e, dir-se-ia hoje, “machista”. Os olhos de Jesus estão cerrados: Ele já não olha fisicamente para o mundo que salvou. Ele vive e é eterno. A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes.
        A cruz é um dos símbolos mais antigos e universais. O Bom Jesus está pregado em uma cruz de madeira. O braço horizontal foi associado com o terrestre, mundana, feminino, temporal, destrutivos, e negativa, passiva, e de morte, enquanto que o braço vertical da comunicação celeste, espiritual, masculino, eterno, criativo, positivo, ativo, e de vida. Muitas vezes simbólica dos quatro elementos da terra: água, fogo, terra e ar.
        De fato, o valor imagético, embora os elementos iconográficos já citados é muito superior ao valor simbólico, o que seria o caso de um ícone. Por outro lado, os ícones sempre foram pintados em madeira, sendo proibidas nas Igrejas Orientais, onde se origina sua representação escultural.
      Esse fato visa historicamente um impedimento ao retorno dos antigos deuses ditos pagãos, os quais eram representados sob a forma de esculturas.
Embora se trate de uma colagem em madeira, a imagem do Cristo apresenta uma concepção completamente estranha à arte iconográfica. A sua concepção, em tela, passada depois para um crucifixo, torna estranha uma relação qualquer com o citado modo grego.
          Se, de fato, o crucifixo não pode ser classificado absolutamente como um ícone, pode-se dizer que ele acata características mistas, sendo fruto do trabalho de um artista provavelmente experiente que, para conceber tal obra, misturou tendências através da história.
Entretanto, a sobreposição da tela ao crucifixo não encontra nenhuma caução artística possível, e seu aparecimento deve-se, provavelmente à ação de devotos que efetuaram tal trabalho aproveitando um quadro pré-existente. Essa hipótese parece mais plausível, dando a segurança, inclusive de se tentar a possibilidade da concepção da imagem numa tela com os demais componentes que aqui não aparecem.
         Partindo dessa caracterização, poder-se-ia supor que a imagem, pintada fizesse parte de alguma obra já existente, a qual carregaria elementos que se pudessem comunicar com a figura do Cristo, trazendo, assim, o simbolismo de cores que se espera.
Entretanto, mesmo assim, o esquema de cores não bate com a arte iconográfica. Afinal, mesmo que o Cristo fizesse parte de um quadro preexistente e mesmo com os já citados elementos, os quais apontam para uma possível relação com os ícones orientais, as cores que se apresentam na figura têm uma relação insuficiente com a intensidade das cores dos ícones.
      Desse modo, pode-se entender que o artista, embora conhecesse a supracitada manifestação oriental, reservava-se ao direito de dialogar com ela, atribuindo características bastante ocidentais ao seu conjunto.
          De fato, mesmo uma análise superficial da imagem já aponta a evidente polidez nos seus traços, a qual não poderia partir de um artista inexperiente ou sem algum tipo de conhecimento técnico.
      Além disso, a clareza na comunicação das cores, bem como o evidente efeito tridimensional da figura não poderiam ter saído de mãos laicas, em matéria de arte. O diálogo entre tendências artísticas diversas, como mostrado, aponta traços ocidentais, os quais encontram dificuldade de se mostrar, dado que a figura, embora comunique bastante bem a paixão do Redentor, não contém elementos suficientes para transmitir sua filiação artística.
Realmente, se é possível que o Cristo desse crucifixo fizesse parte de uma obra, da qual foi extraído, é plenamente aceitável a idéia de que o entendimento completo de sua direção iconográfica (em sentido amplo) dependeria do conhecimento da obra na sua totalidade, o qual, como se observa parece, de imediato, distante.
         De qualquer modo, embora não seja possível uma precisão cartesiana na análise, pode-se encontrar algumas características com as quais possivelmente o artista tenha dialogado.
        A principal delas é a sobriedade das formas, bem como a serendidade da figura de Jesus. Tais caracteres lembram uma tendência neoclássica, embora, a princípio suas cores tendam para um ar distorcido, à maneira do Maneirismo.
Entretanto, nenhuma dessas duas tendências bate com a hipótese histórica original de aparecimento do crucifixo, a qual remete a uma data posterior à de tais escolas.
       Esse empecilho histórico aplica-se especialmente a essa segunda escola, a qual se distancia da primeira possível datação desse Cristo em mais de um século (O Maneirismo se manifestou mais fortemente nos séculos XVI e XVII). Entretanto isso pode levar a crer que o quadro, quando de sua transmissão à capela do Senhor Bom Jesus em Peixe Cru, já carregava consigo alguns anos e, até séculos, de história.
      Se de fato, as tais características se aplicam, como mostram suas formas e cores, o mesmo não veio como obra estritamente nova para a Capela do Senhor Bom Jesus, em Peixe Cru.
     Trata-se, portanto, de uma obra com características mistas, concebida em datação duvidosa, localizada, possivelmente, entre os séculos XVII e XVIII, a qual sofreu, provavelmente ação de restauração ou adaptação por parte de alguma pessoa, ou algumas pessoas, que não seu artista original.














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