quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CATEGORIAS DA HISTÓRIA

Tempo , Tradição & Memória.
Eduardo José Cordeiro 
  • Tempo: 
Imagens do Google.
           Para construir a história e situar no seu processo, a temporalidade é primordial e de suma importância; o tempo ajuda na junção e constituição dos fatos e na comprovação do mesmo. Pode-se definir o tempo por " sucessão dos anos, dias e horas, que envolver a noção do presente,passado e futuro."
  • Memória:
Imagens do Google.
É a descrição ou recordação de um fato vivido ou presenciado por alguém.É viver recordações dos antepassados, de acontecimentos ocasionais. " Dispositivo em que informações podem ser registradas, conservadas e posteriormente recuperadas."
  • Tradição:
Imagens do Google.
São os costumes, histórias, fatos históricos, crença de um povo, que passam oralmente de uma geração para outra, isto é, assuntos antiqüíssimos, são contados pelos mais velhos aos mais jovens, por meio de histórias, cantos, encenaçôes, iconografias,etc. A tradição oral tem uma importante papel na transmissão da cultura nas sociedades que não utilizam a escrita.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COISAS DO CORAÇÃO



Este é o lugar onde fica guardado as pessoas que amamos.
O coração humano é o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso.Bate cerca de 100 000 vezes por dia, bombeando aproximadamente 7 500 [[litro|l] de sangue. Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.
Órgão central e fundamental do corpo, o coração é um símbolo dos sentimentos no Ocidente e da inteligência e da intuição no Oriente. Associado à amizade, ao amor profano e à paixão, o coração na simbologia religiosa é um local que pertence a Deus. Partir o coração é sofrer e ver o coração conquistado é perder o controlo da vida.
No Ocidente, o coração simboliza tradicionalmente os sentimentos, a paixão e o amor. No Oriente, o coração está associado à inteligência, à intuição e ao conhecimento, e aparentemente tal não quer dizer que o significado oriental seja menos sentimental, já que a afetividade está presente em todos estes aspectos, apenas é vivida e expressa de forma diferente. Em muitas culturas, o intelecto reside no coração, como é o caso na Grécia e na Índia. Tanto nas culturas cristãs como islâmicas, o coração é onde está o reino ou o altar de Deus, considerado o coração do mundo.
"O coração tem razões que a razão desconhece." (Blaise Pascal)
"No coração do homem é que reside o princípio e o fim de tudo." (Leon Tolstoi)
"O coração é uma riqueza que não se vende e não se compra. O coração é uma riqueza que se dá." (Gustave Flaubert)
"Para entender o coração e a mente de uma pessoa, não olhe para o que ela já conseguiu, mas para o que ela aspira." (Khalil Gibran)
"Quando amamos, quem julga é o coração." (Joseph Joubert)
A verdade reside em todo coração humano, e cada um deve procurar por ela lá, e ser guiado pela verdade assim que a veja. Mas ninguém tem o direito de forçar os outros.

sábado, 15 de janeiro de 2011

História

Capelinha – Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS
Prof. Eduardo José Cordeiro
1.Município: Capelinha 2.Distrito/ Povoado: Sede/Vila Dom João Antonio Pimenta
3.Designação: Capela de Santo Antônio de Pádua do Paiol Velho
4.Endereço Vila Dom João Pimenta
5.Propriedade: Pública
6.Responsável: Família Pimenta de Figueiredo e Paróquia Nossa Senhora Da Graça de Capelinha
7.Situação de Ocupação: Própria

Este templo foi construído no lugar anteriormente conhecido por Paiol Velho, em uma área de terra de dois alqueires geométricos generosamente doados  pela Excelentíssima viúva do Coronel  Manoel Soares da Cunha Peixoto, Dona Maria da Conceição Pimenta da Cunha, local este hoje denominado pela autoridade eclesiástica, local com assentimento  de toda população Vila Dom João Pimenta, neste município de Capelinha, Paróquia de Nossa Senhora da Graça de Capelinha, arquidiocese de Diamantina.
A paisagem rural deste espaço é marcada pela horizontalidade, definida por edificações de um pavimento  e pela presença de  construções  em estilo  colonial. 
A rua possui uma pequena declividade,  calçada de  terra batida vermelha em  bom estado de conservação e dimensões para um  carros, possui uma pequena arborização,   iluminação publica e telefone.  Não possui passeio, nem rede de esgoto.
As edificações adjacentes apresentam uma qualificação arquitetônica do posto de vista tipológica e volumétrica, não são alinhadas, algumas estão abaixo do nível da rua e outras acima.  
O Imóvel pode ser vista e avistada  pela estrada  que liga Capelinha/Água Boa.
As edificações do entorno estão sujeitas à substituição devido à necessidade de renovação rural.
            O ponto referencial é a Própria Igreja do Povoado de Vila Dom João Pimenta.
HISTÓRICO 
 Aos vinte e um dia do mês de outubro do ano de 1951, do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (deu-se a Benção da Capela dedicada ao Glorioso Santo Antonio de Pádua). No pontificado de Sua Santidade o Papa Pio XII, gloriosamente reinante sendo Arcebispo de Diamantina o Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Dom Serafim Gomes Jardim tendo como auxiliar o   Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Dom João de Souza Lima ocupando a sede paroquial. 
Deu-se o inicio da Solenidade da Benção da Capela dedicada ao culto público em honra do grande taumaturgo Santo Antônio de Lisboa, liturgicamente denominado Santo Antonio de Pádua. Este templo foi construído no lugar anteriormente conhecido por Paiol Velho, em uma área de terra de dois alqueires geométricos generosamente doados pela Excelentíssima viúva do Coronel  Manoel Soares da Cunha Peixoto, Dona Maria da Conceição Pimenta da Cunha, local este hoje denominado pela autoridade eclesiástica, local com assentimento  de toda população Vila Dom João Pimenta, neste município de Capelinha, Paróquia de Nossa Senhora da Graça de Capelinha, arquidiocese de Diamantina.
Para cumprir a ultima vontade do Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Dom João Pimenta, Primeiro bispo da Arquidiocese de Montes Claros, filho extremoso desta paróquia, que na sua “historiola”  da devoção a Santo Antonio e para que  a família se mostrasse digno das tradições, em convívio a todos e a cada um dos descendentes de Dona Venância   esposa de  João Batista de Figueiredo, uniram-se  para que se tornasse  esplendia realidade  o desejo e firme propósito  de  erigir  uma Capela em honra de Santo  na fazenda  de membros da família no ambiente em que ele reinou  pela fé e pelo amor.
Para que as obras da construção da Referida Capela se fizessem crescer com a devida vontade de seu grande idealizador foi nomeado uma comissão composta das seguintes pessoas: 1º Presidente honorário Coronel Antonio Pimenta de Figueiredo, 2º Presidente honorário Reverendíssimo Padre Herculano Pimenta de Figueiredo, 1º Presidente efetivo: Bernardo Sebastião Pimenta, já falecido. 2º Presidente efetivo, Dr. Vicente de Paulo Pimenta. Consultores: Fulgêncio Pimenta de Figueiredo, Dr. José Pimenta de Figueiredo, Francisco Sebastião Pimenta de Figueiredo,
Pedro Gentil Pimenta, Francisco Pimenta de Figueiredo. Consultores técnicos, engenheiros: Dr. João Antonio Pimenta de Carvalho, Dr. Sebastião Silvio Pimenta, Dr. Luiz Pimenta de Figueiredo.  o engenheiro Pimenta de Carvalho  se deve a planta da Capela por oferecida gratuitamente.. Procuradores representantes de Dom João Antônio Pimenta, no apelo por este feito aos seus amigos como consta deste opúsculo: Padre Herculano Pimenta de Figueiredo, Jacinto Pimenta de Figueiredo, José Maria Pimenta, Dr. Sebastião Lago de Souza, Dr. Eutalio Pimenta de Soares, João Batista Pimenta, Dr. Leonardo Antonio Pimenta, Dr. Emilio Pimenta de Figueiredo, Francisco Manoel  Pimenta, José Antonio Pimenta. 1º Secretaria: Professora Maria do Rosário Pimenta, 2º Secretaria: Professora Zenolia Pimenta, Tesoureira: Dona Francisca Rosa Soares Pimenta, já falecida, ajudante da tesoureira: Dona Francisca Rosa. A escrituraria dona Rosita Pimenta. Apartir de fontes orais sabe-se que a igreja foi construída por moradores da região tendo como base a planta oferecida pelo Sr.Pimenta de Carvalho (engenheiro).
Reunida quase toda a família  no local no dia 21 de outubro  de 1951 as 11:00 horas foi celerada a Santa Missa pelo reverendíssimo vigário da Paróquia  Padre José Batista dos Santos tendo falado nas instalação da missa  congratulando-se  a família com o termino daquela iniciativa em boa ora idealizada, por sua excelência reverendíssima  a quem ele se referiu com  carinhosas  expressões  de afeto e gratidão. Uma grande homenagem se fez ao homem  responsável pelas obras  de construção da Capela de Santo Antonio  Sr. Pedro Gentil Pimenta  a quem se deve a administração de d/todos os serviços. Assim se constam todos os acontecimentos da idealização execução do Plano de D. João Pimenta dotando a paróquia de sua terra natal  de mais um templo onde se reúnem para sempre os fies desta zona num pleito inisono  de amor e gratidão. E para a memória de tudo lavrou-se a ata de Benção da Capela de Santo Antonio no livro de Tombo da paróquia de Nossa Senhora das Graças Município de Capelinha. 
Desde então até hoje as celebrações são mensalmente e as festas do Santo são realizadas  pela Família Pimenta, sendo que a cada ano um novo festeiro é  escolhido.
Está capela “futuro Santuário” segundo profecia de Dom João Pimenta e que está registrado no livro da família é um testemunho público solene e altamente significativo de nossa gratidão a Santo Antônio de Pádua e de Nossa fidelidade em guardar o depósito sagrado da fé e da Piedade Cristã católica Romana.

História

Capelinha – Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais - Brasil

ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS


  Prof. Eduardo José Cordeiro
1.Município: Capelinha

3.Designação: Capela  São Vicente de Paulo
4.Endereço: Rua Rio Branco e Rua Getulio Vargas   - Centro
5.Propriedade:  Pública
6.Responsável: Paróquia Nossa Senhora da Graça e Conferência. 
7.Situação de Ocupação: própria
8-Documentação Fotográfica: Fotógrafo: Dante Geraldo Guedes de Carvalho
Fotografia Digital
Data: 23/11/2002
Análise de entorno-situação e ambiência:
A Capela São Vicente de Paulo localiza-se no centro da cidade, em uma área mais alta, com acesso mais restrito, não possuindo movimento de veículos. Acessamos o imóvel pela Rua Rio Branco, totalmente asfaltada, em declive, com dimensões para três  carros, sendo a entrada próxima ao Asilo São Vicente de Paulo. E também pela rua Getulio Vargas, em declive, calçada de pedra, sem acesso a veículos.
Há nas imediações da Igreja o conjunto arquitetônico do Asilo e somente duas residências modernas de propriedades particulares. Daí avistamos o centro da cidade,  proximidades da Igreja Matriz, bairro Piedade e proximidades da Igreja Sagrado Coração, no bairro Maria Lucia. O seu ponto referencial é a Escola Estadual Professor Antonio Lago, que se localiza na rua Rio Branco, bem próximo.

HISTÓRICO:
No inicio do século XX, o Brasil vivia mergulhado no atraso. Rincões interioranos como Capelinha sofriam de pobreza extrema. Eram poucos os mecanismos oficiais de assistência às populações mais carentes, que padeciam toda sorte de penúrias e privações. Para agravar esse quadro, o nordeste brasileiro e parte do estado de Minas Gerais, incluindo Capelinha, tinham passado por um longo período de estiagem - a conhecida “seca do noventinha”. Com a seca, o que se viu foram levas de retirantes migrando do nordeste para o sudeste do País. Muitas pessoas chegaram a Capelinha  provenientes da Bahia e do Norte de Minas e há relatos que até mesmo dos povoados próximos ao município tinham-se deslocado lavradores que perderam suas lavouras e não tinham como sobreviver à seca. A carestia e a fome grassavam por toda parte.
 No próspero povoado de Capelinha, reuniram-se alguns senhores preocupados com a descoberta de meios de se acudir os mais necessitados. A solução encontrada foi  criar a Conferência de Nossa Senhora da Graça, sob a invocação de São Vicente de Paulo. Era o longínquo dia 19 de julho de 1902. Muitos trabalhos foram realizados, campanhas para arrecadar roupas e alimentos. Esses trabalhos contavam com o empenho de importantes nomes e lideranças históricas de Capelinha: Sr. Herculano Pimenta de Figueiredo, Sr. Antônio Pimenta de Figueiredo, Sr. Sebastião Otoni, dentre outros. As ações eram Coordenada pelo Presidente da Conferência, Sr. Alfhonse Marie Pavie, popularmente conhecido como Afonso Pavie, que era proveniente da cidade de Amiens,na França. Casado com a Sra. Maria da Conceição Guimarães, filha de Capelinha.
Como a necessidade de assistência aos pobres com abrigo, alimentação, cuidados médicos e assistência religiosa aumentava exageradamente, o Sr. Pavie, juntamente com os membros fundadores da Conferência, tiveram a idéia de criar um pequeno abrigo, uma casinha, onde pudessem atender os migrantes, mendigos e pessoas de poucas posses. Uma grande campanha foi realizada, todos os capelinhenses ajudavam, uns com material de construção, alguns outros com mão-de-obra, outros mais com alimentos e roupas. Sem dúvidas, os trabalhos da Conferência sempre tiveram uma grande bênção. 
 Então,  no  mesmo  ano  de  fundação da Conferência, em 1902, foi fundada a primeira Instituição de Caridade do município, que levou o nome do Santo protetor dos pobres. 
   E daí por diante, de acordo com as necessidades, mais cômodos foram sendo aumentados, graças a doações que, desde então, não pararam.
  No ano de 2002 houve uma grande reforma, incluindo a construção de salas, cozinhas, refeitórios, área de serviço. Sempre que necessário, o Asilo passa por manutenção.
  O Abrigo São Vicente de Paulo, tendo hoje a Coordenação do Presidente Milton Isaac Magalhães, é composto por três pavilhões dotados de quartos, banheiros, salas, farmácia, cozinhas, cômodos de armazenar mantimentos, refeitórios, lavanderia, quintal com grande plantação de hortaliças, etc. Existem 03 casinhas separadas, onde moram casais, adotados pela entidade e necessitados de abrigo, alimentação, cuidados médicos e assistência religiosa.
            O Asilo conta atualmente com 131 confrades e damas, 14 adotados do sexo masculino, 41 adotados do sexo feminino, 21 adotados crianças e adolescentes, somando um total de 76 pessoas abrigadas. O consumo mensal de alimentos é da ordem de 1200Kg e, verificada uma despesa mensal com medicamentos – em torno de R$ 1.500,00 - o total mensal de despesas mensais é de R$ 7.248,00.
  O abrigo foi construído com o propósito inicial de atender sobretudo os idosos e as crianças, mas atualmente socorre indistintamente toda e qualquer pessoa em situação de miserabilidade. A conferência também faz sepultamento dos mendigos e pessoas   de poucas posses em geral.
            Portanto, é realmente imensa a obra da Conferência, ao longo desses seus 104 anos, num país e numa região de tantas carências e privações.
   Alguns anos depois, em mais ou menos 1928, importantes nomes e lideranças históricas de Capelinha, como o Sr. Herculano Pimenta de Figueiredo, Sr. Antônio Pimenta de Figueiredo, Sr. Sebastião Otoni, Sr. Cilino Pinheiro, Sr. Piuzinho e Sr. José Pimenta de Figueiredo, dentre outros, resolveram construir uma igreja, ao lado do abrigo São Vicente de Paulo, para que os pobres abrigados no asilo pudessem ter um   acompanhamento e apoio religioso. 
            Uma grande campanha foi realizada, todos os capelinhenses ajudavam, uns com material  de  construção, outros  com mão-de-obra. Sem dúvidas, os trabalhos ligados à Conferência sempre tiveram uma grande benção. As ações eram Coordenadas pelo Sr. José Pimenta de Figueiredo, com o apoio do Sr. Alfhonse Marie Pavie. 
            Um dos construtores da Igreja foi Sr. José Cordeiro, carpinteiro, operário eficiente, embora modesto e desinteressado. As instalações de água e luz foram idealizadas e executadas pelo eletricista Carlos Queiroz Barroso, estes que também participaram da construção  de  grande parte da Igreja Matriz atual. Ressalte-se ainda a  participação  do Sr. José Guedes, pedreiro, que também ajudou na construção. Na época, foi contratado pela prefeitura um pedreiro profissional de nome de Jacinto, que era da cidade de Berilo e veio juntamente com seu sobrinho, Sr, José Pacheco, para também auxiliarem nas obras da Igreja.
 Poucas celebrações são realizadas desde uns 10 anos para cá, apenas casamentos são realizados e, uma vez por semana, (aos domingos) são realizadas missas.

PATRIMÔNIO IMATERIAL

Arte de Confeccionar Tambores.
Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais
Vila Nossa Senhora de Fátima – Capelinha.
Prof. Eduardo José Cordeiro
            É uma arte singular e quase desaparecida na região de confecção de cunho folclórico, já que os instrumentos são utilizados em ritos e danças, são de origem imemorial. O trabalho manual é a metodologia do Senhor Francisco. Este método é utilizado em matéria prima; Com sensibilidade, perícia e cuidado, o trabalho artesanal é executado pelas mãos que modificam a matéria utilizando elementos disponíveis e técnicas de produção típicas da sua localidade.
              Os materiais utilizados para confecção das caixas são: Madeira Tamboril; Madeira açoita Cavalo; Madeira aroeira; Cipó; Coro de Boi; Ripa; Cordão; Cera de Abelha; Penugem de Galinha; Cordas.


HISTÓRICO:
             ARTESÃO DE CAIXAS (TAMBORES DE FOLIA) – O senhor Francisco Xavier é morador da comunidade das Vendinhas, ou Vila Nossa senhora de Fátima 35 anos aproximadamente, tendo 48 anos de idade; aprendeu a arte de fazer tambores (caixas) de madeira na sua juventude junto ao pai e outros artesãos que confeccionavam tais objetos. Essas peças são usadas para acompanhar as vozes agrupadas que em sintonia e jogos de sons instrumentais e vozes fazem a folias assim como para compor um grupo de tocadores. É rara a existência de povos possuidores dessa técnica, são então chamados de artesãos de tambores, sendo nesta comunidade apenas um; Existem aprendizes e ajudantes no trabalho de confecção, pois conforme o artista não seria possível a confecção desses tambores sem auxilio de terceiros. O ensino da confecção dos instrumentos musicais se dá tanto por meio da visualização quanto da manipulação do material.
DESCRIÇÃO:
Este trabalho de confecção apresenta quatorze fazes para que o objeto esteja em estado pleno de uso.
1º-Retira-se a madeira tamboril; Esta madeira encontra-se na região com muita escassez. O período para o corte é de agosto a setembro apenas.
2º-Ao retirar a madeira tamboril, deverá em seguida colocá-la para secar num período de 60 a 90 dias.
3º-Depois do período de desidratação da madeira ela é transportada para a oficina, onde será trabalhada no torno até chegar na forma e tamanho desejado.
4º-Depois de modelado a madeira no torno, o artesão trabalha-a com o formão, perfurando o centro da madeira, criando um oco para a produção de sons.
5º-Depois desta etapa já terminada, volta na mata e retira a madeira conhecida na região como açoita cavalo, cujas características é de uma madeira menos resistente (fraca).
6º - Logo depois da retira da madeira, lavra, plaina e cerra,formando as peças que tornaram os arcos do tambor (caixa).
7º - Nesta fase é necessário voltar á mata para recolher o cipó denominado prata, para costurar o couro, fabricando a tampa para ser anexada na diagonal superior e inferior da caixa.
8º - Prepara-se o coro, limpando-o, esticando-o para secagem e em seguida deve-se recortá-lo, dando forma ao mesmo. Este processo dura três dias.
9º - Depois dos três dias costuras o couro ao cipó.
10º- Pega a ripa e perfura par passa os cordões que são utilizados para sustentar a estrutura do tambor, denominado de apertador.
11º- Passa cera da abelha nos cordões para trava-los e impedir que eles se movam.
12º- A confecção da resposta.  Resposta - peça utilizada para afinação do som da caixa. Este    por sua vez é feito de penugem de galinha que encapa o barbante.
13º- Introduz as cravias – Chaves de apertar as cordas. Sendo a caixa composta de duas cordas.
14º- Para finalizar, é feito as baquetas;feitas de madeira de aroeira ou jacarandá para tocar ou bater na caixa e provocar o som. Também são produzidas as alças.

Música Popular



Disco:
Viva o povo brasileiro
Int.:
Rubinho do Vale
Lado:
B
Nº Faixa:
5
Título:
FLOR E BANDEIRA


Eu quero ver a vida
Toda florida de amor
E o povo na avenida
Em despedida da dor

Quero ver de novo meu povo
Unido, reunido em flor.
Quem sempre foi vencido
Ainda vai virar vencedor

Vem coração vestido de verde e amarelo
Vem ver no horizonte o Brasil mais belo

Vem ver a praça inteira
Enfeitada de flor e bandeira
E o povo ferver de alegria
Como um dia de carnaval

Vamos estender o braço
E entender o abraço
Se repartir o espaço
A felicidade é geral

Vem coração
Vestido de verde e amarelo
Vem ver no horizonte
O Brasil mais belo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


“ O segredo do tempo é consumi-lo sem percebê-lo.
É fingir-se infinito para não o vermos passar
É fazer-se contar em anos em vez de momentos
Relógio, despertador, cronômetro, calendário
Tudo engodo para imaginarmos prendê-lo, controlá-lo
Ampulheta, único instrumento sincero do tempo
Regressivamente, nos impõe a gravidade
De haver realmente um último grão
Riscando na areia a nossa fragilidade 
Mas o tempo é imparcial
Não distingue rico de pobre
Preto de branco, homem de mulher
Devora-se sem escolhas
Matar o tempo é matar-se sem sentido
Perdê-lo é viver em vão
Faz-se devagar nos maus momentos
Depressa quando o queremos
Ponteiro invisível da vida
Peça necessária do fim
A sua fome é insaciável
A sua vontade é determinante
A sua procura é unanime
Se esconde nas sombras que se movem
Nos objetos que não mais servem
Nas pessoas que nunca mais vimos
Na podridão das frutas que não foram colhidas
Nas lembranças já esquecidas
Revela-se nas fotos que se desbotam
Nas cartas que amarelam
Nas crianças que crescem
Nas rugas que aparecem
Deixa-nos a esperança de Pandora
Nas ações dos que virão
No nascimento dos rebentos."

(Poema de Paulo Esdras · Brumado, BA)

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - Saberes Necessários à Prática Educativa - Prof. Paulo Freire.



                                                                            Prof. Eduardo José Cordeiro
                Este livro é importante e necessário a todo educador que se diz voltado para uma relação ensino/aprendizagem diante dos desafios e novidades do novo século, de interação e respeito à vida, à comunidade, ao saber, aquele saber construído e transformado pela reflexão. O processo de globalização, o avanço das novas técnicas têm posto novas exigências em relação à escola e à formação docente. “A questão da formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos é a temática central em torno de que gira este texto.” [1] A especificidade do saber docente ultrapassa a formação acadêmica, abrangido a prática cotidiana e as experiências.
                  Paulo Freire em 03 capítulos subdivididos em tópicos agradáveis de ler, com linguagem fácil e com maestria na exposição do seu pensamento, vai nos orientando para uma prática de ensino onde esteja presentes sempre o humanismo, o respeito ao saber do outro, a interação entre docentes e discentes, e a responsabilidade do educador como ser em constante movimento de aprimoramento pessoal e profissional, para desenvolver uma prática voltada para a criticidade e respeito pela diversidade cultural e multiplicidade de conhecimentos; “ É neste sentido, por exemplo, que me aproximo de novo da questão da inclusão do ser humano, de sua inserção num permanente movimento de procura, que rediscuto a curiosidade ingênua e a crítica, virando epistemológica.”[2]
                         Ensinar exige segurança, competência profissional, e generosidade; é transferir conhecimento, e exige curiosidade nesta prática; com chamadas como estas, o autor vai desenvolvendo esta obra que é um reflexo de sua vivência dedicada à educação, na lida com comunidades as mais diversas e carentes de uma educação que a verdadeira democracia deveria abordar e construir.
                         “Ensinar exige rigorosidade”, ou seja, ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os discentes e docentes vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado.
                        “Ensinar exige pesquisa”; não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. [3] E cabe ao professor continuar pesquisando para que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A pesquisa se faz importante, pois nela se cria o estímulo e o respeito à capacidade criadora do educando.
Ainda faz parte do fazer pedagógica, a simplicidade que deve nortear todos os outros procedimentos do professor progressista comprometido com a troca de saberes, assim como, a alegria proporciona um estado de bem-estar no decorrer do processo de educação.
Paulo Freire em sua análise menciona alguns itens que considera fundamental para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes.
                        Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). [4] Não há docência sem discência, as duas se explicam. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Quem ensina, ensina alguma coisa á alguém. Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo historicamente que homens e mulheres descobriram que era possível ensinar[5]. Entendemos que o autor aconselha a escola e os professores que respeitem os saberes dos educandos e sempre que possível, trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Aconselha-se a discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a desigualdade que as cercam.
                        O professor que não leva a sério sua formação, que não estuda, nem se aprimora, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. “Ensinar não é transferir conhecimento” é a frase dominante do livro que remonta sua própria teoria do ensino bancário.
                       Quanto a sua formação, todavia, há professores cientificamente preparado, mas autoritários e arrogantes, ou seja, a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. A autoridade coerentemente democrática quer de si mesma, quer do educando, para a construção de um clima de real disciplina, jamais minimiza a liberdade.
O autor vai lentamente introduzindo conceitos que se misturam e se complementam às vezes de maneira sutil, e em outras ocasiões de maneira objetiva e absolutamente sincera.
Uma das principais mensagens que o autor deixa nesta obra, é o significado do ensinar.
A Pedagogia da Autonomia é sem dúvida uma das grandes obras da humanidade em prol duma educação que respeita todo o educando (incluindo os mais desfavorecidos) e liberta o seu pensamento de tradições desumanizantes.
                      “Ensinar exige estética e ética”; os professores têm grande responsabilidade ao ensinar e devem ser dotados de ÉTICA, sendo esta intimamente relacionada ao seu preparo científico, combatendo a crueldade da ética do mercado capitalista. Paulo Freire beira o moralismo quando se põe a discutir sobre os preconceitos embutidos consciente ou inconscientemente no processo educativo.
                      “Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo”; um exemplo vale mais que mil palavras – diz um sábio ditado. É importante saber que, dentro de sala e fora dela, o professor é alguém em quem o aluno se espelha, uma vez que este é (ou deveria ser) o seu mais concreto exemplo de sabedoria, de caráter. Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. [6] A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida. Ao ensinar a gente aprende e com isso a gente ensina melhor. Isso sempre se transforma num movimento contínuo e, o melhor, produtivo.
                        O pensamento freiriano é extenso e gastaria muito tempo para analisar todo o seu pensamento à cerca da educação; mas percebe-se que na prática do ensino existem dezenas de critérios para fazê-la bem, dentre elas podem-se enumerar algumas como: rigorosidade metódica; pesquisa; respeito aos saberes dos educandos; criticidade; estética e ética; corporeificação das palavras pelo exemplo; risco, aceitação do novo e rejeição a quaisquer formas de discriminação; reflexão crítica sobre a prática educativa; reconhecimento e assunção da identidade cultural; quanto ao reconhecimento da identidade cultural, o respeito é de fundamental importância na prática educativa. Um simples gesto do professor faz diferença representativa na vida de um aluno. O que parece insignificante pode ser força formadora para o desenvolvimento intelectual do educando; Reconhecimento de ser condicionado; respeito à autonomia do ser do educando; bom senso; “A vigilância do meu bom senso tem uma importância enorme na avaliação que, a todo instante, devo fazer de minha prática.” [7]O bom senso deve está intimamente ligado ao trabalho educativo, haja vista, que cada professor tem seu jeito próprio de ser, ou seja, ninguém é igual, uns são autoritários, outros mau-humorados, outros alegres e deixam marcas e a maneira de ser influencia na vida do discente.Inclusive, o autor chama à atenção quanto à necessidade da lutar pelos direitos adquiridos, assim como também pelas plenas condições para o exercício de suas funções enquanto docente.
                     Portanto, dentro dessa perspectiva, pode-se afirmar com base no pensamento do autor que, ensinar realmente, implica na luta pelos direitos dos educadores e na utilização da humildade e tolerância no contexto da vida cotidiana da sala de aula. Convicção da possibilidade de mudança; comprometimento; compreensão de que educação é forma de intervenção no mundo; essa compreensão deve estar presente na prática-educativa de maneira crítica, da oportunidade de debates a respeito de questões importantes que permita ao aluno se posicionarem-se diante das realidades; disponibilidade para o diálogo; por fim querer bem aos educandos.
                   Concluindo, o autor afirma ser necessário um pouco de radicalidade nas ações; “estou convencido, porém de que a rigosidade, a séria disciplina intelectual, o exercício da curiosidade epistemológica não me fazem necessariamente um ser mal-amado, arrogante, cheio de mim mesmo.”
[1] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição. Primeiras Palavras.
[2] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição. Primeiras Palavras.
[3] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição; Cap.1, p.9.
[4] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição; Cap.1, p.6.
[5] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição; Cap.1, p.6.
[6] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição; Cap.1, p.10.
[7] Freire, Paulo; PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa São Paulo: Paz E Terra, 1996 – Coleção Leitura- 18ª Edição; Cap.1, p..